Os atores só existiam porque a plateia existia.
Os amores só existiam porque os amantes existiam.
Os filhos porque as mães e pais o faziam.
O pôr do sol nunca era o mesmo.
O nascer da lua nunca era o mesmo.
O cochilo do sol era o nascer da lua.
O morrer da lua o nascer do sol.
Parece óbvio.
Naquela vida era preciso surpresas o tempo todo / todo o tempo.
Pro tempo existir o relógio girava.
Ninguém era dono do tempo.
Inevitavelmente aquelas pessoas estavam sujeitas a mais dura exposição ao tempo.
Para isto todos os dias o "couche del soleil" estava ali, pontualmente, para afirmar a dura realidade. Alguns minutos mais cedo ou mais tarde, mas todos os dias.
O luto era diário.
Convivia-se com a dor e o prazer diariamente.
Convivia-se com a perda e a felicidade diariamente.
Para piorar, era preciso conviver bem...
A elucubração podia piorar ou melhorar a pessoa?
O pobre coitado havia parado de se perguntar e começado a viver.
Os lugares eram capazes de lhe transportar para outros lugares.
Era intrínseco dele e era preciso ser intrépido para tal...
Uau.
ResponderExcluirNo mínimo, inspirador...
Saudades!
Bju Naty