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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Morte Vida - Encontros

Os atores só existiam porque a plateia existia.
Os amores só existiam porque os amantes existiam.
Os filhos porque as mães e pais o faziam.

O pôr do sol nunca era o mesmo.
O nascer da lua nunca era o mesmo.
O cochilo do sol era o nascer da lua.
O morrer da lua o nascer do sol.

Parece óbvio.
Naquela vida era preciso surpresas o tempo todo / todo o tempo.
Pro tempo existir o relógio girava.

Ninguém era dono do tempo.
Inevitavelmente aquelas pessoas estavam sujeitas a mais dura exposição ao tempo.
Para isto todos os dias o "couche del soleil" estava ali, pontualmente, para afirmar a dura realidade. Alguns minutos mais cedo ou mais tarde, mas todos os dias.

O luto era diário.
Convivia-se com a dor e o prazer diariamente.
Convivia-se com a perda e a felicidade diariamente.
Para piorar, era preciso conviver bem...

A elucubração podia piorar ou melhorar a pessoa?
O pobre coitado havia parado de se perguntar e começado a viver.

Os lugares eram capazes de lhe transportar para outros lugares.
Era intrínseco dele e era preciso ser intrépido para tal...

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